O acesso facilitado às Redes Sociais e a explosão incontrolável de humanos na internet, com cada interessado escrevendo o que lhe vem à cabeça e pior, retransmitindo notícias falsas (os fakes) como se fossem verdades absolutas estão conturbando a própria construção do fenômeno opinativo. Verdades e Mentiras ganharam status de estrelas nos dedos ansiados por regurgitar estados psicológicos doentios no sanitário eletrônico da grande rede mundial de computadores.
O que se vê com preocupação é o purgatório das almas que se transformou esta facilidade que indivíduos dos mais variados interesses encontraram para soltar no ventilador social suas amarguras, loucuras, desalinhos mentais, artimanhas oportunistas e diarreias mentais de toda sorte.
Mas, não só o maluco desnaturado escondido na alcova doméstica, no trabalho, ou no smartphone onipresente é o responsável por este manicômio de entrevero informacional. A coisa ficou muito mais preocupante quando entidades, agências militares, governos, grupos terroristas, partidos políticos, estrategistas ideológicos, sociedades secretas passaram a jogar na internet suas próprias visões escolhidas cuidadosamente com o objetivo de deformar a Verdade Verdadeira dos fatos.
Hoje, quem mais sofre com isso é o Jornalismo em si. Esta armação desnaturada de confundir as pessoas só resultou numa Torre de Babel moderna em pleno apogeu da democratização da informação. No fim, a facilidade nos domou. Como sempre aconteceu na história, o automático nos engoliu.
Paradoxalmente ficou fácil enganar e ser enganado pelo uso desequilibrado da informação. Porque se priorizou o espetáculo de se mostrar inteligente ao mundo, do que agregar ética ao conteúdo. Mentira, Verdade, Amor, Ódio, Decência, Indecência, Inteligência, Burrice, Critério, Fanatismo… Sensações tão distantes umas das outras foram simplesmente colocadas no mesmo cesto. Antônimos viraram sinônimos! Que tipo de bicho nos tornamos? Ficamos vesgos ao contrário!
Conseguimos chegar ao ponto de vermos uma fotografia do Satanás e confundi-la com Deus! E fazermos poesia disso! E pior, conseguimos promover um pensamento lógico a partir do caos. Nós alimentamos um monstro pelo simples desejo de não nos sentirmos mais solitários, esquecidos, abandonados.
No fim, a solidão nos deformou! É triste isso, é lamentável!
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