Chega a ser deprimente ver amiúde “artistas” se entregarem de cérebro e alma aos totens canhotos brasileiros. Primeiro porque a Esquerda brasileira desta Latino-América provincial é um arremedo do que seja ser à Esquerda Política. Segundo porque absolutamente não significa nada ver um artista qualquer, ser cego ao ataque do tigre, igualzinho à turba enlouquecida das facções.
Ser artista que defende o indefensável apenas porque trabalha com a arte, significa que a arte não produziu nada de inteligente e é uma afronta à capacidade translúcida dela de sair de dentro do lugar comum. O comum, o tribal, o fanatismo se transformam em sinônimo de “arte”, quando artistas debruçam seus quadris luxuriantes ao ignóbil e ficam reféns de seu artístico paradigma.
O pior disso tudo é quando a arte não consegue transformar o artista. Ora, se a arte não consegue fazer seu ator enxergar algo pernicioso à evolução diante de si e diferenciar totens ruins de totens bons, o próprio artista está estuprando a Arte Mãe, da mesma maneira que os esquerdalhas violentam a Mãe Pátria. E fico realmente puto da cara com o desprezo com que a arte é tratada.
Lula virou totem de uma tribo de artistas brasileiros que simplesmente não consegue se libertar da oração espúria criada por um oportunista clássico e sua troupe de artista espertos, que vestiam no momento perfeito diversas fantasias de um mesmo personagem.
Então, ser artista e apoiar Lula e suas ações significa, além de um desprezo por si, é como colocar um cinto carregado de explosivos e avançar contra o ventre da Mãe Arte e explodi-la em mil pedacinhos.
Se o artista não consegue se desvencilhar de si mesmo, como sua arte irá transformar a vida no seu entorno? Arte é transformação. Bem, pelo menos deveria ser.
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