Mais uma tragédia com o rompimento de uma barragem de contenção de refugo de mina no estado mineiro. Enquanto a gestão de qualquer empreendimento não se basear no respeito à condição humana e à proteção do meio ambiente vamos continuar a ver rios de barro podre descendo encostas, extinguindo rios, fauna, flora e todos os seres humanos que estiverem pela frente.
Não é mais possível conviver com este tipo de ética de gestão. Executivos têm que ter muito mais do que puro talento para transformar suor em dinheiro. Que o mundo entenda que o estrago que um profissional somente movido a metas e números produz na vida do planeta é tão poderoso quanto a mais letal das bombas num guerra.
O planeta está sendo devorado por profissionais fanáticos por atender acionistas e ganharem gordas fatias de bônus, ao invés de cuidar da vida no planeta. Minas Gerais é um caso gritante de descaso com a vida do cidadão e ódio para com a natureza. Um estado que quebrou de ruindade em gestões politiqueiras e condenou-se a viver nas catacumbas e na contramão da evolução. Um Judiciário capanga do crime, uma fiscalização mentirosa e eleitores se lixando para a sua terra.
Custa muito caro fazer barragens de contenção, então inventar um buraco na encosta de uma montanha e socar terra com trator passou a ser a solução genial encontrada para diminuir custos e fazer as ações explodirem na Bolsa! Só podia mesmo dar no que deu! O silêncio de um Estado se transformou num cemitério de lama que flui com naturalidade. 19 pessoas mortas em Mariana e até agora 60 em Brumadinho e subindo! Fora dois vales enterrados com toda a riqueza natural sob toneladas de barro vermelho.
Acionistas que contratam executivos com barro nas veias devem também pagar a conta das tragédias.
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