Entre todos os animais que estão no planeta, somente ao homem coube a sorte de ter consciência. A inteligência é específica do animal humano. Então, a máxima “não devemos julgar o outro”, não se aplica ao ser humano. Ou não?
Ao contrário, ao único elemento orgânico provido de intelecto, cabe julgar sim. Porque julgar é treinar o pensamento. O que devemos, é lógico, é termos mais paciência ao “Condenar”. Mas se deixamos de julgar, nivelamos o homem ao grão de areia, à pedra, ao vento… Penso que Cristo, como o Pai, também falava em metáforas. Penso que “Compaixão” tem que ser merecida. Há que se conquistá-la! Senão, trigo é joio e joio é trigo. E Bem e Mal teriam sido apenas conceitos vazios e estratégicos de poder.
Vejo isso diariamente, pessoas defendendo o indefensável de maneira sanguínea sem o menor pudor. E Deus é ‘Pudor’, ou seja, sentimento de vergonha, causado por qualquer coisa capaz de ferir a decência, a inocência, o arbítrio digno.
Se pensarmos que Cristo, no estertor dos últimos momentos da maior agonia pela qual passou um ser humano na história universal, morrendo vagarosamente, sob o escárnio do poder romano e dos políticos judeus da época, ainda teve o carinho de dizer “Pai, perdoa-os, porque eles não sabem o que fazem”, ou seja, não abriu mão de ninguém, temos a obrigação de agradecer e justificar essa benção. Reconheçamos, por favor, da melhor maneira possível: sendo merecedores deste ato de amor.
Como sermos merecedores? Transcendendo conscientemente! Melhorando, aperfeiçoando, evoluindo em direção ao colo de Deus.
Se aquilo que você acredita é digno de Deus, não se submeta a quem lhe conteste por contestar, ou por ira, decepção, frustração. Lute pelo que acredita, se o que acredita vem de Deus.
Deixe um comentário