Morrer preso a uma ideia tola
Acabar os dias engasgado em si
Consumir um tempo que não temos, sufocando
Ver a vida se indo enrodilhado numa armadilha
Sorver os últimos goles de vida engasgando-se nela
Rezar a última prece enquanto se desculpa por não ter resistido
Se perder na eternidade e ser pensar a não ser seguido
Sufocar o último suspiro não cabendo nem assistir ao filme da sua vida passar na frente
Ver a espécie passar por ti e vê-la vendo-o morrer preso… E não poder fazer nada porque você mesmo não permitiu
Vê-la vendo partir e partiu escrever histórias
Ver-se ouvindo o próprio coração cessar os batimentos, não como bravura guerreira que teve, mas como lamento, canção de dor de si
Por fim, perder a consciência e virar energia no cosmo-esponja…
Não precisa ser assim! É possível dar dignidade ao próprio fim
Tum-tum, tum-tum, tum, tum, tum… Tum, tu e tu.
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